cookieChoices = {}; Repositório de Ideias...: 05/01/2010 - 06/01/2010

domingo, 30 de maio de 2010

A amizade, as diferenças e o chocolate

(Viva as Diferenças... by Flickr)
Filme: Mary e Max

Dica de filme realizado em "stop motion"  sobre a amizade (estranha) entre pessoas totalmente diferentes (idade, região e cultura). Mais e o chocolate? vejam no filme! senão perde a graça! (rs)

Fontes:
Omelete: Mary e Max
G1: Mary e Max
Cineclick (UOL): Mary e Max - uma amizade diferente
Filmagem em Stop Motion
Síndrome de Asperger

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fé e obras

"Ronda da caridade (LBV)" by Flickr!
"A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma."  Tiago, 2:17

Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao Céu.

Por dentro, a fé reinando sublime:

Orações primorosas...

Discursos admiráveis...

Louvores e cânticos...

Mas por fora, o trabalho esquecido:

Campos em desamparo...

Enxadas ao abandono...

Lareiras em cinza...

De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a morte no mundo que o Senhor nos confiou para a glória da vida?

Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade, simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a que te afeiçoas.

Conhecimento nobre exige atividade nobre.

Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa dos semelhantes.

É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a Vida Superior.

Prece e trabalho.

Santuário e oficina.

Cultura e caridade.

Ideal e realização.

Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível.

Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na sublime tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.

(De "Palavras de Vida Eterna", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

Colaboração: Espiritismo online - Cristiano de Almeida

Dia Mundial da Internet!

"Save a Internet" on the Flickr!
Este fenômeno que a globalização proporcionou, onde podemos ter informações de todos os cantos do mundo a velocidade de um "click"...

...apesar da inclusão digital estar distante de maioria dos lares brasileiros, pois somente 28% da população tem acesso domiciliar...

...temos uma ferramenta magnifica para a obter e divulgar idéias, do qual encontramos desde receitas culinárias a...

...assistir aulas através de seminários online denominados "webcasts";

...trabalhar em casa conciliando o conforto doméstico a disponibilidade a qualquer horário;

...interagir com diversas pessoas através das "redes socias" de diversas culturas independentemente das distancias;

...entre outros tantos nichos tecnologicos, que a pouco mais de 10 anos não fazia a menor ideia fosse possivel! Ou pior! seria taxado de louco ao dizer que  compartilharíamos nossa vida (fotos, músicas, pensamentos...) com estranhos! (ihh) :-D

...e sem gastar nada além do valor da conexão!

...mas que ainda é muito caro e lento aqui no Brasil. :-S

Enfim, amontoados de informações para todos os objetivos, ou seja, uma grande biblioteca mundial!

Será que alcançaremos a Utopia?!?


Veja os números da internet:




Viva a globalização e a Internet!


Fontes:

http://olhardigital.uol.com.br/digital_news/noticia.php?id_conteudo=11849&/BRASILEIROS+COMEMORAM+DIA+MUNDIAL+DA+INTERNET

http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o#Comunica.C3.A7.C3.A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Webcast

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social

http://pt.wikipedia.org/wiki/Utopia_%28sociologia%29

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Paradoxo, motivação e interesse no mundo da internet

Lavagem de dinheiro (by Flickr)
Enquanto nós aguardamos nossos representantes na política decidirem sobre a implantação do Plano Nacional de Banda Larga, do qual o Governo quer alcançar a 40 milhões de domícilios brasileiros, atualmente 12 milhões, (Blog do Planalto)...
Enquanto eles, os políticos discutem a viabilidade da reativação da Telebrás, que é a detêm 21 mil km de fibras opticas, (Jornal da Globo)...
Denuncias ocorrem quanto ao favorecimento de José Dirceu, ex-ministro e deputado cassado (UOL Convergencia Digital)...

E recebemos a notícia do lançamento da tecnologia Gigabit para Wireless, a chamada WiGig, onde poderemos alcançar a velocidade de 7 Gbps... (!!!) e concluo... até quando nós teremos de aguardar as migalhas do mundo da tecnologia??? Ainda mais quando o Brasil anuncia empréstimo de R$ 508,22 milhões (US$ 286 milhões)!!! (R7)...

A parte interessante é que estamos em ano eleitoral, portanto vote com consciência, cobre do seu representante político a sua posição! Afinal omissão também é passivo de pena!

Exerça sua cidadania.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Trabalhar

A alegria da minha filha!!
"Vamos trabalhar e seguir para diante! Nossa meta é  o  serviço divino vitorioso e  nossa  embarcação é  o serviço permanente aos semelhantes. Nunca nos  faltará o socorro celeste."

Arthur Joviano e Chico Xavier.

Trabalho é a maior concessão de Deus no tempo, o grande renovador de tudo.
*
Não há névoa que lhe resista à luz, nem chaga que lhe escapa ao consolo.
*
Com ele olvidamos nossos pesares, encontramos os pesares alheios que nos solicitam concurso fraterno.
*
É por ele que adquirimos o verdadeiro senso das proporções, de vez que nos ensina a sanar as dores maiores do que as nossas.
*
Pelo trabalho a experiência terrestre se transforma em cântico de alegria.
*
A ele devemos o berço que nos recolhe, o coração materno que nos afaga, a escola que nos instrui, o lar que nos acalenta e o caminho em que se nos desobra a compreensão.
*
Serviço é riqueza e cultura, educação e aprimoramento.
*
Se entre os homens trabalhar é a honra da criatura, na Vida do Espírito trabalhar significa elevação e progresso.
*
Temos, além da morte, a luta de mil faces diferentes, dasafiando-nos a capacidade de auxiliar.
*
Entre a Terra e o Céu, há precipícios de angústia e vales de escuridão, nos quais a vaidade humana expia e chora... Dores incontáveis surgem, depois do túmulo, onde a colheita do remorso encontra espinheiros de sombra e fel. 
*
Só o trabalho é bastante forte para penetrar nos antros do sofrimento, iniciando a obra da redenção para os companheiros que desejam renovação.
*
Por isso mesmo, a ele nos cabe empenhar o coração com ardoroso fervor, a fim de aprendermos que servir aos outros é servir a nós próprios.
*
Trabalhemos, na certeza de que os sentimentos e as ideias, as atitudes e os atos, as palavras e as mãos no trabalho do bem constituem as bases do santuário espiritual em que nos compete converter a própria vida, para que Jesus por nós se manifeste, na edificação do Reino de Deus.

(do livro: Pérolas  de Sabedoria - Vinha de Luaz)

Colaboração: brazjomarques(arroba)terra.com.br

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tragédia no Circo

Roma colizeu
Naquela noite, da época recuada de 177, o concilium de Lião regurgitava de povo.

Não se tratava de nenhuma das assembléias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento.

Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse lavrado qualquer resolução em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem na cidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles.

Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doentes, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente.

Através do espesso casario, a montante da confluência do Ródano e do Saône, multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, levantando-se altos tapumes em torno de enorme arena.

As pessoas representativas do mundo lionês eram sacrificadas no lar ou barbaramente espancadas no campo, enviando-se os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, ao regozijo público.

As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguissedentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos.

Verdugos inconscientes ideavam estranhos suplícios.

Senhoras cultas e meninas ingênuas eram desrespeitadas antes que lhes decepassem a cabeça, anciães indefesos viam-se chicoteados até a morte. Meninos apartados do reduto familiar eram vendidos a mercadores em trânsito, para servirem de escravos domésticos em províncias distantes, e nobres senhores tombavam assassinados nas próprias vinhas.

Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas.

Naquela noite, a que acima nos referimos, anunciou-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do Imperador por se haver distinguido contra a usurpação do general Avídio Cássio, e que se inclinava agora a merecido repouso.

Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter.

Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e trovadores, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião a pedido do Propretor (magistrado abaixo do Juíz), programando os festejos.

- Além das saudações, diante dos carros que chegarão de Viena - dizia, algo tocado pelo vinho abundante -, é preciso que o circo nos dê alguma cena de exceção... O lutador Setímio poderia arregimentar os melhores homens; contudo, não bastaria renovar o quadro de atletas...

- A equipe de dançarinas nunca esteve melhor - aventou Caio Marcelino, antigo legionário da Bretanha que se enriquecera no saque.

- Sim, sim... - concordou Álcio - instruiremos Musônia para que os bailados permaneçam à altura...

- Providenciaremos um encontro de auroques (boi selvagem, bisão) - lembrou Pérsio Níger.

- Auroques! Auroques!... - clamou a turba em aprovação.

- Excelente lembrança! - falou Plancus em voz mais alta - mas, em consideração ao visitante, é imperioso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça...

- Um grito horrível nasceu da assembléia:

- Cristãos às feras! Cristãos às feras!

Asserenado o vozerio, tornou o chefe do conselho:

- Isso não constitui novidade! E há circunstâncias desfavoráveis. Os leões recém-chegados da África estão preguiçosos...

Sorriu com malícia.

- Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir,nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs, guardando-as nos cárceres... E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos... Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos...

- Muito bem! Muito bem! - rugiu a multidão, de ponta a ponta da sala.

- Urge o tempo - gritou Plancus - e precisamos do concurso de todos... Não possuímos guardas suficientes...

E erguendo ainda mais o tom de voz:

- Levante a mão direita quem esteja disposto a cooperar.

Centenas de circunstantes, incluindo mulheres robustas, mostraram destra ao alto, aplaudindo em delírio.

Encorajado pelo entusiasmo geral, e desejando distribuir a tarefa com todos os voluntários, o dirigente da noite enunciou, sarcástico e inflexível:

- Cada um de nós traga um... Essas pragas jazem escondidas por toda parte... Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora...

***

Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.

***

Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.

extraído  do livro "Cartas e Crônicas", psicografia Francisco C. Xavier, pelo espírito Irmão X, texto de número "6", 9a. Edição pela FEP

Colaboração: Marluce Faustino - Espiritismo online

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O mal e o remédio

Will You be There (Michael Jackson)
Será a Terra um lugar de gozo, um paraíso de delícias? Já não ressoa mais aos vossos ouvidos a voz do profeta? Não proclamou ele que haveria prantos e ranger de dentes para os que nascessem nesse vale de dores? Esperai, pois, todos vós que aí viveis, causticantes lágrimas e amargo sofrer e, por mais agudas e profundas sejam as vossas dores, volvei o olhar para o Céu e bendizei do Senhor por ter querido experimentar-vos... Ó homens! dar-se-á não reconheçais o poder do vosso Senhor, senão quando ele vos haja curado as chagas do corpo e coroado de beatitude e ventura os vossos dias? Dar-se-á não reconheçais o seu amor, senão quando vos tenha adornado o corpo de todas as glórias e lhe haja restituído o brilho e a brancura? Imitai aquele que vos foi dado para exemplo. Tendo chegado ao último grau da abjeção e da miséria, deitado sobre uma estrumeira, disse ele a Deus: “Senhor, conheci todos os deleites da opulência e me reduzistes à mais absoluta miséria; obrigado, obrigado, meu Deus, por haverdes querido experimentar o vosso servo!” Até quando os vossos olhares se deterão nos horizontes que a morte limita? Quando, afinal, vossa alma se decidirá a lançar-se para além dos limites de um túmulo? Houvésseis de chorar e sofrer a vida inteira, que seria isso, a par da eterna glória reservada ao que tenha sofrido a prova com fé, amor e resignação? Buscai consolações para os vossos males no porvir que Deus vos prepara e procurai-lhe a causa no passado. E vós, que mais sofreis, considerai-vos os afortunados da Terra.
Como desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória e que, se triunfásseis, embora devesse o vosso corpo parar numa estrumeira, dele, ao morrer, se desprenderia uma alma de rutilante alvura e purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.
Que remédio, então, prescrever aos atacados de obsessões cruéis e de cruciantes males? Só um é infalível: a fé, o apelo ao Céu. Se, na maior acerbidade dos vossos sofrimentos, entoardes hinos ao Senhor, o anjo, à vossa cabeceira, com a mão vos apontará o sinal da salvação e o lugar que um dia ocupareis... A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai-vos de que aquele que crê é forte pelo remédio da fé e que aquele que duvida um instante da sua eficácia é imediatamente punido, porque logo sente as pungitivas angústias da aflição.
O Senhor apôs o seu selo em todos os que nele crêem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquele que sofre e tem a fé por amparo ficara sob a sua égide e não mais sofrerá. Os momentos das mais fortes dores lhe serão as primeiras notas alegres da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira do corpo, que, enquanto se estorcer em convulsões, ela planará nas regiões celestes, entoando, com os anjos, hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Ditosos os que sofrem e choram! Alegres estejam suas almas, porque Deus as cumulará de bem-aventuranças. — Santo Agostinho. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 19.)


 

terça-feira, 4 de maio de 2010

FALAR PARA QUEM QUER OUVIR

Tardezita no Flickr
      O espírita não deve ter a preocupação de converter quem quer que seja. Deve, isso sim, preocupar- se em informar tudo sobre a Doutrina, desde que lhe solicitem informações. Deve, na medida de seus conhecimentos, dar explicações baseadas na lógica doutrinária aos problemas e aflições que seu semelhante lhe apresentar. Nunca, porém, dizer: "Faça assim, que você vai melhorar". Dar ao semelhante aos informações simples e corretas, que poderão ser utilizadas por ele em benefício próprio; se ele quiser. Se a pessoa que nos pede informações e dados achar que nossa resposta - a explicação da Doutrina - não lhe serve, é um direito que não devemos, nem podemos, tomar- lhe. A responsabilidade de melhorar ou piorar de vida é intransferível; cabe a cada indivíduo. Ao espírita cabe tão somente fornecer às pessoas os elementos necessários à tomada consciente dessa responsabilidade; daí para frente, o trabalho é do próprio indivíduo.

      Jesus, quando ensinava a multidão em geral ou as pessoas em particular, nunca disse: "Não faça isto, que lhe acontecerá aquilo". Sempre propunha parábolas, que são as melhores formas de estimular o raciocínio e de não ferir o livre- arbítrio de ninguém. Dizia, por exemplo: "Havia uma pessoa que agiu desta ou daquela forma e lhe aconteceu isto ou aquilo". Cada um que vestisse a carapuça. Cada qual que fizesse as analogias, se colocasse no lugar do cidadão referido na parábola, e tomasse as decisões que melhor achasse acertadas para o seu caso. O desfecho daquele procedimento, Jesus já lhe havia dito pela parábola. Cabia ao ouvinte agir. Jesus nunca o impediria de proceder como melhor lhe aprouvesse. Entretanto, após ouvir a parábola, o ouvinte já estava informado das conseqüências; se continuasse no caminho errado, seria muito mais responsável. "Não foi por falta de aviso", como se costuma a dizer aos amigos que erram.

      A divulgação espírita deve, portanto, preocupar- se em informar, esclarecer. Não deve se preocupar com quantidade, mas com qualidade. Não deve ir buscar ninguém que não esteja interessado no Espiritismo, mas fazer todo o possível para esclarecer aqueles que vão ao seu encontro. Nunca fugir às explicações diante daqueles que procuram o Espiritismo; nunca se preocupar em perder tempo com aqueles que não se interessam em ouvir nada sobre a Doutrina. "Não dar pérolas aos porcos e também um ensinamento evangélico. Os porcos nunca saberão o que fazer com as pérolas: é um presente muito requintado para quem só se preocupa em comer. E que não escolhe a qualidade da comida; contenta- se até com detritos. Não perder tempo, entretanto, em convencer alguém, enquanto muitos estão à nossa espera, ansiosos para ouvir explicações, para serem consolados pelo ensinamento evangélico.

      O orador espírita deve também se preocupar em levar sua mensagem para a média das pessoas. Não muito elevado, mas também não muito rasteiro para não confundir as inteligências que estão exatamente lutando para sair do lodo. Ter o bom senso para avaliar a capacidade de apreensão e compreensão do auditório é responsabilidade de todo orador espírita. Não falar muito em citações evangélicas, "ipsis literis", mas utilizar a essência de tais citações, aplicando- as a fatos de nossos dias, a eventos ligados à vida da média do auditório. Pois é preciso ter em mente também penetrar o entendimento dos ouvintes daquela época; sua essência perene e universal, mas sua vestimenta, a forma, é transitória e mortal - morre com a mudança dos costumes. Deve, portanto, o orador "vestir" a essência evangélica com motivos atuais e próximos de todos seus ouvintes. Do contrário, a palestra soará falsa, soará de uma erudição ridícula. E o caso de falarmos, por exemplo, na linguagem bíblica, com todos os vos e os "ides". Numa palestra informal, essa preocupação gera frases ridículas.

      Se a multidão vem até um Centro Espírita, é importante saber o que realmente ela quer. Tomar nas mãos o material que ela nos oferece; o material de suas preocupações e aflições. E, assim, jogar inicialmente a tábua para aquele que se está afogando a fim de trazê-lo à margem. A seguir, se o candidato ao afogamento estiver realmente interessado, ensiná-lo a nadar. Pois que todos terão de aprender a nadar para vencer as correntes do rio da Vida. Mas muitos não se sentem "maduros" para entrar na escola de natação; preferem sofrer mais algumas experiências de afogamento. Porém devemos estar sempre prontos a lhes jogar a tábua mais uma vez e, também, mais uma vez a lhes respeitar o livre-arbítrio.

(do livro: "Caminhos de Libertação", de Valentim Lorenzetti)

Fonte: Cristiano de Almeida

Colaboração: Espiritismo online

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CARIDADE POSSÍVEL

Natal Vida Positiva no Flickr
Todo o modelo de vida, exemplificado por Jesus, está alicerçado na prática da caridade. Ele ensinou-nos que não basta apenas não fazer o mal, mas que é preciso fazer o bem.

              A Doutrina Espírita, o consolador prometido por Jesus, vem reforçar essa máxima, quando assevera que : "Fora da caridade não há salvação". No dizer de Léon Denis "... os Espíritos ensinam-nos que a caridade é a virtude por excelência e que só ela nos dá a chave dos destinos elevados".

              No entanto, , quando pensamos em caridade o que vem à mente são as grandes obras, aquelas ainda fora do alcance da maioria de nós. Encontramos muitos condicionantes tanto na questão material (tempo e recursos), como na questão moral (fraquezas e imperfeições). Todavia, a caridade pode estar presente nos mínimos gestos. Estamos fazendo caridade quando silenciamos para ouvir as agruras do nosso semelhante. Quando calamos para não revidar uma ofensa. Ela está presente quando não revidamos uma ação indigna que nos prejudicou. Somos caridosos quando oferecemos um sorriso, um abraço amigo ou uma palavra de consolo aos nossos semelhante.

              Com o nosso exemplo e vida, quando exercitamos o amor ao próximo, quando nos esforçamos para domar as nossas más tendências, quando efetivamente procuramos vivenciar a nossa fé, em especial fora do aconchego e do convívio daqueles que professam a mesma crença, estamos sendo caridosos.

              No trabalho honesto ou na oportunidade de trabalho que oferecemos, também há caridade. Quando divulgamos e vivenciamos os ensinamentos da Doutrina Consoladora praticamos a caridade, pois a verdade contida nos seus postulados oportuniza a libertação dos erros e impulsiona na direção do progresso espiritual, meta primeira de todos.

              Que possamos imitar o Bom Samaritano, da parábola de Jesus, estando sempre dispostos a resgatar os nossos irmãos caídos na sarjeta do pessimismo, do derrotismo, da falta de fé, da falta de amor próprio, da falta de perdão, da incompreensão diante dos acontecimentos da vida. Façamos da nossa vida um estado permanente de amor ao próximo, materializada nessa prática sublime, lembrando sempre da caridade que devemos fazer a nós mesmos: amarmo-nos, perdoarmo-nos, buscando através do autoconhecimento a nossa reforma interior, eis a primeira e mais importante caridade que se pode praticar.

              "A caridade é a virtude por excelência, pois sua essência é divina. Irradia sobre os mundos, reanima as almas como um olhar, como um sorriso de Eterno. Ela se avantaja a tudo, ao sábio e ao próprio gênio, porque neste ainda há alguma coisa de orgulho, e às vezes são contestadas ou mesmo desprezados. A caridade, porém, sempre doce e benevolente, reanima os corações mais endurecidos e desarma os Espíritos mais perversos, inudando-os com amor".

(Léon Denis)

Fonte: Cleto Brutes para o Jornal Seara Espírita de Junho de 2003.

domingo, 2 de maio de 2010

Depois de algum tempo você aprende...


05.01.2009.menestrel_petit
Originally uploaded by Photo Gaffeur
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“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, perceber que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa – por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nos somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida”!

“Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar”.

"Willian Shakespeare"


Colaboração: Espiritismo online - Mara Cruz

sábado, 1 de maio de 2010

CONQUISTA DE PAZ


AMANECER DE PAZ
Originally uploaded by Licy (Iris de Paz).
Não creias, alma querida,
Seja a prova que atravessas
A chaga maior da vida,
Marcando suplício atroz;
Enquanto expões o que dizes,
Há corações pela estrada
Tão tristes, tão infelizes,
Que a dor lhes consome a voz.

Esse carrega desgosto
Regado de pranto oculto,
Aquele em pleno tumulto,
Sente angústia e solidão;
Outro tem tanta amargura
Que treme quando caminha,
De alma cansada e sozinha,
Caindo em perturbação.

Esse transporta doenças,
Embora a expressão correta,
Outro tem mágoa secreta,
Disfarçando o próprio “eu;”
Aquele chora e tropeça
Na penúria em que se arrasa,
Outro viu a morte em casa,
Revoltou-se e enlouqueceu.

Alma irmã, tolera e aceita
A provação recebida,
Abençoa a própria vida,
Seja essa vida qual for;
O sofrimento, onde esteja,
É a luz com que Deus nos guia
Nas lutas do dia-a-dia,
Para a conquista do Amor.



Pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Maria Dolores, Médium: Francisco Cândido Xavier.





Mediunidade e psicoterapia


Trabalho / Work / Trabajo
Originally uploaded by :: SL Emerick.
Os médiuns, como elementos de ligação entre a vida espiritual e o plano físico, serão sempre solicitados a dar uma palavra orientadora nas questões multiformes que afetam as pessoas que os procuram. Daí a indicação de exercitarem alguns princípios de psicoterapia e relações humanas.

A intensa vida moderna na Terra generalizou a carência de roteiros, planos, programas e observações para as criaturas deprimidas, tímidas, cépticas, recalcadas e frustradas em geral.

Com você, que inicia o esforço na tarefa mediúnica, seja pelo passe, pela psicofonia, pela psicografia ou nas formas variadas de assistência aos sofredores da alma e do corpo, estudemos algumas atitudes que favorecem a manifestação das Entidades amigas, no auxílio a terceiros, pelo conselho simples e natural.

Paciência e perseverança no bem devem estar conjugadas constantemente em sua presença e expressão.

Não demonstre estranheza ou perplexidade ante as revelações ouvidas, para que não esmoreça a confiança do coração que se abre a você.

Predisponha-se, com todos os recursos do seu campo mental, à simpatia pelos irmãos que lhe pedem opinião, sem mostrar-se superior.

Cultive invariável atenção perante as confidências alheias, testemunhando maior interesse afetivo pela solução aos problemas do interlocutor seja ele quem for.

Envide esforços para que a criatura exponha em pormenores e calmamente o caso que lhe motiva a preocupação, afim de que você possa ajudá-la, através de mais ampla visão dos fatos.

Evite julgar ou censurar precipitadamente a quem se confia a você, mesmo com reprovações inarticuladas.

Restrinja as indagações aos assuntos e momentos absolutamente necessários.

Pesquise os postulados básicos do Espiritismo, argumentando com as ocorrências em exame sob o crivo do discernimento espírita e exaltando a responsabilidade pessoal ante a existência eterna.

Sempre que possa, indique um núcleo de serviço espiritual compatível com as afinidades e necessidades da pessoa que comparece à busca de concurso fraterno.

Resguarde em segredo aquilo que não deva ser revelado, mantendo discrição e respeito para com todos os irmãos em experiência.

Jamais force resoluções taxativas, neste ou naquele sentido, mas exponha os vários caminhos possíveis, com as suas conseqüências prováveis, e deixe o livre arbítrio dos companheiros escolha o que mais lhes convenha.

Sustente equilíbrio, entendimento e bondade em suas manifestações, para que a autoridade moral e espiritual lhe favoreça o trabalho.

Leia constantemente para melhorar seus processos de análise das almas e suas técnicas de expor as soluções mais justas, conforme o seu modo de entender.

Sobretudo, saiba que são inimagináveis as possibilidades de socorro de um encarnado confiante no Alto e consciente de seus recursos íntimos, quando ligados aos Bons Espíritos que nos estendem a inspiração e o amparo da Vida Superior.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


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